O seu coronel mandou
Mata virgem derrubar
Pro mode naquela terra
Mil pés de café plantar
A mata foi se sumindo
Vamos gente, acabar!
Preto Velho até chorava:
-- Rei da Mata vão matar
Quando o machado cortou
O velho Jacarandá
Ouviu-se um gemido triste
Nas quebradas reboar
Jacarandá Rei da Mata
Veio Quatorze esmagar
Todos quizeram fugir
Nenhum puderam andar
O Rei da Mata castiga
Quem vem mato derrubar
Os mais velhos já diziam
Primeiro vamos rezar...
Versos anônimos, do cancioneiro
popular do Vale do Paraíba do Sul
em "BRASIL VIVO - Uma Nova
História da Nossa Gente" de Chico
Alencar, M.V. Ribeiro e C. Ceccon
ed. Vozes, Petrópolis, RJ, 1986